Brasília – Em votação realizada nesta quarta-feira (16), o Senado Federal aprovou a Medida Provisória que reajusta o soldo dos militares das Forças Armadas. O aumento será de 9%, dividido em duas parcelas de 4,5%, sendo a primeira aplicada em abril deste ano e a segunda prevista para janeiro de 2026. O texto agora segue para promulgação.

O reajuste impacta diretamente o vencimento básico de cerca de 740 mil militares — incluindo os da ativa, da reserva e pensionistas — e representa um custo de R$ 3 bilhões no primeiro ano, subindo para R$ 5,3 bilhões no segundo, segundo estimativas do governo federal.

Na base da carreira, o soldo que atualmente é de R$ 1.078 passará a R$ 1.177 em janeiro do próximo ano. Essa faixa inclui marinheiros-recrutas, soldados e demais militares em início de formação.

Já no topo da hierarquia militar, o reajuste atinge os mais altos postos: almirante de esquadra, general de Exército e tenente-brigadeiro do ar, que terão seus soldos reajustados de R$ 13.471 para R$ 14.711 após as duas etapas de correção.

A medida foi discutida em meio a pressões internas por valorização da carreira militar e diante de um cenário de reajustes salariais em outras categorias do funcionalismo público. Segundo o governo, o objetivo é garantir equilíbrio entre os postos e preservar o poder de compra dos integrantes das Forças Armadas.

O Jornal Costa do Dendê acompanha de perto os desdobramentos dessa decisão, que movimenta não apenas a estrutura militar brasileira, mas também o orçamento da União em um momento de desafios econômicos para o país.