Ex-vereador Clóvis Loiola é preso em Itabuna por desvio de recursos públicos
Condenado por peculato, ex-presidente da Câmara vai cumprir pena em regime semiaberto

Itabuna, 25 de julho de 2025 — Na noite da última quinta-feira (24), o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Itabuna, Clóvis Loiola de Freitas, foi preso por policiais militares da Bahia. A ação ocorreu por volta das 20h, na movimentada Avenida Inácio Tosta Filho, no centro da cidade, e cumpriu mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal de Itabuna. A condenação de Clóvis Loiola está relacionada ao crime de peculato, envolvendo o desvio de recursos públicos durante sua gestão parlamentar entre 2009 e 2010.

Prisão de Clóvis Loiola confirma condenação por peculato

De acordo com a Polícia Civil da Bahia, o ex-vereador foi conduzido inicialmente à 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (6ª Coorpin) para os procedimentos legais. Em seguida, foi transferido ao Conjunto Penal de Itabuna, onde passará a cumprir pena de quatro anos e seis meses de reclusão, em regime semiaberto.

A decisão judicial decorre de uma sentença condenatória transitada em julgado que aponta irregularidades graves durante a presidência de Clóvis Loiola na Câmara de Vereadores. Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), os desvios envolveram verbas públicas destinadas à manutenção do Poder Legislativo Municipal.

Histórico de condenações agrava situação jurídica

Clóvis Loiola tem um histórico recorrente de envolvimento com escândalos políticos e problemas judiciais. Em julho de 2019, ele já havia sido preso por suspeita de fraude em contratos públicos durante sua gestão legislativa. Em dezembro de 2023, também foi conduzido pela polícia após não cumprir obrigações referentes ao pagamento de pensão alimentícia.

Essa reincidência penal compromete ainda mais sua reputação pública e encerra, ao menos temporariamente, qualquer possibilidade de retorno à vida política ativa.

O que é peculato?

Peculato é um crime previsto no Código Penal Brasileiro, caracterizado pelo desvio ou apropriação indevida de recursos públicos por parte de servidores ou agentes públicos. A pena pode variar de dois a doze anos de reclusão, além de multa.

No caso de Clóvis Loiola, a gravidade dos atos e a função de alto cargo político agravam a infração, resultando em pena superior a quatro anos.

Implicações políticas e administrativas

A prisão de um ex-presidente da Câmara Municipal de Itabuna acende o alerta sobre a necessidade de maior fiscalização nos gastos públicos e maior transparência na gestão legislativa. A sociedade civil e os órgãos de controle devem estar atentos ao uso das verbas públicas em todas as esferas.

Essa condenação pode, inclusive, influenciar o cenário eleitoral de 2026, considerando a crescente rejeição popular a políticos envolvidos em casos de corrupção.

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