🗓️ Publicado em 15 de setembro de 2025 | Jornal Costa do Dendê

O triplo homicídio que chocou Ilhéus, no sul da Bahia, completou um mês neste domingo (15/09), e o caso segue envolto em contradições e falta de provas técnicas. Apesar da confissão de Thierry Lima da Silva, de 23 anos, não há DNA, digitais ou rastros materiais que o conectem diretamente à cena do crime, o que levanta questionamentos sobre a condução da investigação e a veracidade da confissão.

Os assassinatos ocorreram na madrugada do dia 15 de agosto de 2025, em uma residência no bairro Teotônio Vilela. As vítimas, três mulheres, foram mortas brutalmente com facas, mas os laudos periciais lançam dúvidas sobre a versão apresentada até aqui pela polícia.

🔍 Contradições no caso: o que a perícia contesta?

Ausência de provas materiais

• Não foi encontrado DNA de Thierry nos corpos das vítimas.
• Nenhuma digital dele ou de terceiros foi identificada nas facas apresentadas.
• As roupas das vítimas não tinham sinais de luta corporal, como arranhões ou marcas de defesa.

Especialistas ouvidos por veículos nacionais apontam que é pouco provável que uma única pessoa, com uma faca, tenha conseguido matar três mulheres em sequência sem sofrer resistência ou deixar vestígios.

“Em crimes como esse, é comum encontrar sinais de defesa. A ausência total disso levanta dúvidas técnicas importantes”, avaliou um perito forense ouvido pela imprensa.

💰 Roubo ou execução?

Na confissão, Thierry afirmou ter roubado R$ 30 antes de cometer os assassinatos. No entanto:

• Nenhum bem de valor foi levado.
• A dinâmica do crime durou mais tempo do que se esperaria em um simples latrocínio (roubo seguido de morte).
• A motivação alegada não convenceu a perícia nem parte da população local.

🧪 Exames de DNA ainda em andamento

A Polícia Civil da Bahia aguarda resultados de novas amostras de DNA, que foram enviadas para Salvador. O objetivo é identificar se há vestígios de outras pessoas na cena do crime, o que pode mudar completamente os rumos da investigação.

🤔 Thierry pode ter confessado sob pressão?

Thierry Lima da Silva é dependente químico, vivia em situação de rua e já tinha passagens por pequenos furtos. Especialistas jurídicos e psicólogos que acompanham casos semelhantes alertam que pessoas em situação de vulnerabilidade social podem confessar crimes sob pressão ou sem compreender as consequências.

A arma do crime, segundo a polícia, ainda não foi encontrada oficialmente. As três facas apresentadas não têm conexão comprovada com o réu confesso.

🗣️ Reação popular e apelo por justiça

A população de Ilhéus segue em luto e cobra respostas mais claras das autoridades. Enquanto isso, a pressão sobre a Polícia Civil cresce, sobretudo após a repercussão nacional do caso. Nas redes sociais, muitas pessoas afirmam não acreditar na versão oficial.

📄 Ficha técnica do caso

• Crime: Triplo homicídio
• Data do crime: 15 de agosto de 2025
• Local: Bairro Teotônio Vilela, Ilhéus (BA)
• Réu confesso: Thierry Lima da Silva, 23 anos
• Situação atual: Réu preso, mas sem provas materiais diretas
• Status da investigação: Aguardando resultados de novos exames de DNA

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